segunda-feira, 2 de junho de 2014

Metal – A headbangers Journey (documentario - Dirigido por Sam Dunn)

Por Rafael Menegueti

Metal - A Headbangers Journey (2005)

Para quem quer conhecer um pouco mais sobre a historia do metal, não apenas em relação à música em si, mas levando em consideração todo o universo que o cerca, o trabalho do diretor canadense Sam Dunn é mais do que obrigatório. Esse sociólogo e músico de 40 anos já produziu inúmeros trabalhos sobre o estilo, inclusive o documentário Iron Maiden: Flight 666, sobre a longa e extensa turnê mundial da banda. Mas os trabalhos que o fizeram ficar famoso no meio foram os documentários sobre a historia do gênero que já citei.

“Metal – A Headbangers Journey” foi o primeiro trabalho dele. Nasceu, segundo o próprio, da sua vontade de explorar e documentar a cultura do heavy metal, que desde a adolescência o conquistou. O resultado de seu esforço é um dos mais completos e interessantes materiais sobre o estilo que se tem conhecimento.

Sam circula o mundo atrás das origens do estilo, desde Birmingham, onde surgiu o Black Sabbath, precursores do estilo, até as sombrias florestas norueguesas, onde o black metal assustou o mundo na década de 90. Sam também definiu nele uma famosa “arvore genealógica”, com a evolução e definição dos inúmeros gêneros e vertentes do metal. Abordando a relação da música com a sociedade, a juventude, a religião, a sexualidade e a violência, Sam disseca o heavy metal ao mesmo tempo que busca provar que o estilo é incompreendido e subestimado pelas pessoas que não o conhecem.

O documentarista e músico canadense Sam Dunn
Para conseguir tal resultado, ele conseguiu entrevistas com ícones e pessoas que influenciaram e revolucionaram a historia do rock e do metal, como Ronnie James Dio, Bruce Dickinson, Tony Iommi, Lemmy Kilmister e Alice Cooper. Outras entrevistas se provaram ainda mais surpreendentes e polemicas, casos dos noruegueses do Mayhem, de Gaahl, Tom Araya (Slayer) e Dee Snider (Twisted Sister). Esse ultimo falando principalmente sobre a caça que o metal sofreu durante muito tempo pelas autoridades pelo seu tom rebelde e libertino.


Tanta informação e historia não só fizeram desse documentário uma aula sobre o gênero para qualquer um que quisesse conhecê-lo, como ainda abriu espaço para abordar ainda mais o tema, em outras continuações como o também excelente “Global Metal”, documentário onde ele circula por locais onde o metal aparece com uma in=mprovavel e surpeendente força, apesar de diferenças culturais tão gritantes, como Índia, Japão, China e Brasil. E é sobre isso que eu falarei mais amanhã aqui no blog.