terça-feira, 16 de junho de 2015

The Darkness – Last Of Our Kind (2015):





Por Davi Pascale

The Darkness chega ao seu quarto disco em ótima forma. Last Of Our Kind traz todos os velhos elementos que seus fãs procuram. Contando com a participação de Emily Dolan Davies na bateria, os músicos parecem não deixar se abater pelos problemas internos.

Todo esse drama que o grupo vem vivendo é típico no rock n roll. Os caras lançaram um ótimo álbum de estréia, criaram um puta estardalhaço, lançaram um segundo disco bacana e se separaram. Retornaram, baterista saiu, baterista entrou, baterista saiu de novo, cantor abusando de drogas e bebida. Nada disso é novidade dentro desse universo, infelizmente! E o auê continua. A recém-chegada Emily não está mais no grupo. Quem está nas baquetas agora é Rufus Taylor, filho de Roger Taylor (Queen). 

Musicalmente, embora tenha algumas novas características, a sonoridade típica dos caras foi mantida. O que temos aqui não é um grupo buscando uma nova identidade. E sim, dando um passo adiante. Várias pessoas torcem o nariz para o grupo por conta de uma postura mais escrachada, principalmente nos clipes. Na verdade, os caras são o que um bom grupo de rock deveria ser. Barulhento, direto e despretensioso. E essas características continuam intactas.

Os caras entregaram um álbum de hard rock, no melhor sentido da expressão. “Open Fire” nos remete à The Cult. Sério mesmo! Repare no trabalho de guitarra e tente não se lembrar de “She Sells Sanctuary” ou “Rain”. Aliás, o trabalho de guitarra é um grande destaque do disco. “Mudslide” traz aqueles riffs de guitarra meio funkeados que Joe Perry tanto adora, enquanto “Hammer & Tongues” traz um riff meio blueseiro à la Stones.

Nova baterista já está fora do grupo

 A bateria continua direta, reta, com fortes influências de AC/DC. Justin Hawkins continua explorando seus famosos falsetes. Amados por uns, odiados por outros. “Roaring Waters” e  “Mighty Wings” apostam na sonoridade rock de arena. “Last Of Our Kind” é aquela faixa com ar de hit. Talvez sua nova “I Believe In a Thing Called Love”? O único senão ficou com o encerramento com a balada “Conqueror”. Honestamente, teria encerrado o álbum com uma música mais para cima, deixando os ouvintes tão empolgados quanto nos acordes iniciais do disco. Sim, o novo single “Barbarian” é pesado e empolgante. As influências de Queen continuam intactas, perceptíveis em diversas vocalizações.

O disco foi produzido por Dan Hawkins, guitarrista e irmão do cantor Justin Hawkins e, o rapaz, não decepcionou. Last Of Our Kind tem de tudo para deixar o fã do Darkness mais do que feliz. Provavelmente, seu melhor trabalho desde Permission to Land

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Inspirado

Faixas:
      01)   Barbarian
      02)   Open Fire
      03)   Last Of Our Kind
      04)   Roaring Waters
      05)   Wheels Of The Machine
      06)   Mighty Wings 
      07)   Mudslide 
      08)   Sarah o Sarah
      09)   Hammer & Tongs 
      10)   Conquerors