domingo, 20 de setembro de 2015

Backyard Babies – Four By Four (2015):



Por Davi Pascale

Grupo sueco retorna após hiato de 5 anos. Disco de retorno inclui novos elementos no som dos rapazes, mas consegue resultado satisfatório.

Formada em 1987 em Nässjö, o grupo tem sido visto como uma forte influência para os novos conjuntos da cena sleaze rock. O gênero nasce do glam rock, tendo uma postura mais suja, com um som mais cru, mais direto, por vezes, influenciados pelo punk. Todas essas características sempre foram perceptíveis no som do Backyard Babies.

Four By Four tem, sim, algumas músicas que nos remetem ao velho Backyard, mas há diversos novos elementos em seu som. Alguns que em um primeiro momento, inclusive, podem assustar seus velhos admiradores. Entretanto, não precisa ficar revoltado. As musicas de 3 minutos e poucos, com riffs de guitarra se destacando estão por aqui.

Nicke Borg, Dregen, Johan Blomqvist e Peder Carlsson buscaram sair um pouco do senso comum. E, em alguns momentos, acertaram em cheio. O single “Th1rt3n or Nothing” começa com uma guitarrinha à la ZZ Top, mas logo entra em uma sonoridade bem hard rock. Com um ótimo riff de guitarra, uma bateria recheada de cowbell e um refrão capaz de levantar qualquer arena, o álbum começa bem. “I´m On My Way to Save Rock n´ Roll” traz aquela sonoridade crua, com altas influencias de punk e refrão pegajoso que os fãs brasileiros estão acostumados desde os tempos de Making Enemies Is Good, assim como a empolgante “White Light District”.

Grupo volta com álbum de inéditas

Como um bom grupo de rock n roll que tem seus pés na cena hard, não podem faltar as famosas baladas. Temos três por aqui: a bluesy “Walls”, a greendaywannabe “Mirrors (Shall Be Broken)” e a que deixará seus fãs puto, mas que me fez muito alegre, “Bloody Tears”. Canção que conta com os versos predominados pela estrutura voz/violão que cresce no refrão com uma linha vocal memorável. Contando com um bonito solo de guitarra, essa faixa poderia ter sido gravada por artistas como Bret Michaels, Bon Jovi ou L.A. Guns. Mesmo!

“Wasted Years” não é a canção clássica do Iron Maiden. A faixa conta com um ar meio festivo. Uma sonoridade punk pop que poderia ser trilha de filmes como American Pie. Nada revolucionário, mas divertido. “Piracy” traz um pouco de peso, mas é mais ou menos a mesma idéia. Esse é um dos motivos que eu disse que os fãs das antigas podem reclamar em um primeiro momento. Os caras estão mais comerciais, o som está menos na cara, entretanto, o espírito da banda ainda está ali. Se tudo o que você procuro em um álbum de rock n roll são refrões cativantes e sonoridade divertida, esse álbum é para você

Nota: 7,5/10,0
Status: Divertido

Faixas:
      01)   Th1rt3n or Nothing
      02)   I´m On My Way to Save Your Rock n´ Roll
      03)   White Light District
      04)   Bloody Tears
      05)   Piracy
      06)   Never Finish Anything
      07)   Mirrors (Shall Be Broken)
      08)   Wasted Years
      09)   Walls