domingo, 20 de dezembro de 2015

Retrospectiva: O Melhor de 2015


Gostaríamos de agradecer aos nossos leitores por mais um ano ao nosso lado. Dessa vez, decidimos sair de férias antes do Natal. Aproveitaremos essa pausa para respirar um pouquinho, mas em breve retornaremos com força total, trazendo posts inéditos, além de algumas surpresas. Nossas atividades retornam dia 20 de Janeiro. Não poderíamos sumir do nada, portanto, preparamos nesse último post de 2015, uma seleção daquilo que julgamos destaque do ano. Confira!

Melhores álbuns do ano

Davi Pascale:

Continuo a minha saga de escrever para 2 páginas ao mesmo tempo. Em breve, nossos parceiros do Consultoria do Rock, estarão publicando uma lista minha com aqueles que julgo serem os 10 melhores de 2015. Como nossa lista é menor (5 cada participante) e escutei bastante disco esse ano, para não ficar repetitivo, decidi escolher aqueles álbuns que me chamaram a atenção, mas que ficaram de fora da outra lista. Optei por fazer como se fosse uma continuação. Confira a seguir...

W.A.S.P. - Golgotha



Golgotha não apresenta muitas novidades. A trupe de Blackie Lawless resgata diversos elementos de sua fase clássica em um álbum pesado e empolgante. Infelizmente, como nada é perfeito nesse mundo, as letras ganharam uma conotação cristã. Mas, se você não leva tudo à ferro e fogo, a diversão é mais do que garantida.

Imperial State Electric - Honk Machine


Sempre gostei muito do estilo de composição do Nicke Andersson. Acompanhei bem de perto toda sua trajetória com o The Hellacopters. E, para a alegria dos fãs, o cara continua mandando muito bem. O grupo aposta em um rock contemporâneo, mas sem deixar de lado as fortes referencias da cena setentista. As influências não são muito distante daquelas que costurava seu som com o grupo que o tornou conhecido. Continuam aqui; a crueza do punk, as melodias do power pop e a guitarra àla Kiss. Disco bem divertido! 

Coal Chamber - Rivals


Esse trabalho me surpreendeu bastante. O new metal nunca foi unanimidade. Ainda que o Coal Chamber fosse um dos grupos mais autênticos do movimento, Dez Fafara só ganhou respeito dos headbangers das antigas depois que se lançou no Devildriver. Nesse disco Rivals, tenta aproximar os dois públicos. As experimentações diminuíram, o peso aumentou e seu estilo vocal está bem mais agressivo, mais próximo da linguagem que explorou no Devildriver. Para ouvir no talo!

Nightwish - Endless Form Most Beautiful


Tuomas Holopainen pode ser problemático, mas é um puta compositor e sempre foi perfeccionista. A qualidade de gravação do álbum, mais uma vez, é mortal e os arranjos são muito bem resolvidos. Floor Jansen casou como uma luva no grupo e fez um ótimo trabalho vocal. Quem meter o play esperando se divertir com um ótimo álbum de heavy metal e não mais do que isso, sairá satisfeito. O terceiro capítulo do Nightwish começou bem...

Van Halen - Live! Tokyo Dome


Pensei muito sobre inclui-lo ou não na lista. Normalmente, deixo os lançamentos ao vivo de fora. Mas esse disco me deixou tão feliz que resolvi abrir uma exceção. Para começar, o álbum é bem honesto, não conta com uma caralhada de overdubs. Depois, o setlist é simplesmente matador. Várias dessas canções são, indiscutivelmente, clássicos do rock n roll. E para terminar, a energia que os caras ainda possuem é inacreditável. O show é uma paulada só, sem firulas. Eddie Van Halen é realmente um gênio e o disco é incrivelmente empolgante. 

Menção honrosa nacional:

Jota Quest - Pancadélico:

Pancadélico traz uma reaproximação com os anos iniciais dos rapazes, de quando ainda atendiam pelo nome J. Quest. Ou seja, voltam a mesclar com bastante intensidade o pop com a linguagem do funk. Não do funk MC, mas do funk, funk, mesmo. O disco conta com a ajuda do Nile Rodgers (Chic) e Stuart Zender (Jamiroquai), que ajudaram a trazer o balanço estrangeiro para a música dos brasileiros. Altamente recomendado!

Rafael Menegueti:

Symphony X – Underworld


O novo álbum da banda de metal progressivo do vocalista Russell Allen tem tudo que um disco do gênero precisa. Os riffs e solos de Michael Romeo estão insanos, Russell deu uma intensidade incrível nos vocais, e todo o disco tem um peso e coesão do inicio ao fim que são de tirar o folego. Pra mim, o único problema no disco ficou na capa, muito estranha, mas de resto ele é um dos destaques do ano.

Iron Maiden – The Book of Souls


O Iron Maiden voltou em grande estilo com um disco que simplesmente causou uma euforia que há muito tempo não se via. Não foi por acaso. “The Book of Souls” saiu em um momento crucial, com o vocalista Bruce Dickinson se recuperando de um tumor na língua, o que não o impediu de entregar um trabalho digno de uma das maiores bandas de heavy metal da historia.

Faith No More – Sol Invictus


A icônica banda dos anos 90 voltou com seu primeiro álbum de estúdio em 18 anos; “Sol Invictus” mostrou que Mike Patton e sua turma ainda podem render muito dentro do rock alternativo, em um disco que conseguiu trazer a sonoridade clássica e caótica do Faith No More para a atualidade de maneira excelente.

Muse – Drones


Com um disco mais direto dentro da proposta sonora que o Muse sempre apresentou, “Drones”, sétimo disco da banda, figura entre as boas surpresas de 2015. Com um disco mais pegado e sem as experimentações que a banda vinha apresentando em trabalhos anteriores, o disco agradou aos fãs antigos da banda, e arrancou elogios da crítica.

Ghost – Meliora


Embora sofra com a resistência dos metaleiros mais chatos exigentes, é inegável o quanto o Ghost é uma banda criativa. Seu novo álbum, “Meliora”, chamou a atenção em 2015 pela qualidade das composições, cheias de melodia e influências clássicas bem inseridas. Só falta agora o pessoal se tocar de que eles não são uma banda de metal, mas sim de rock alternativo, e assim talvez comecem a admirar a banda como ela merece.

Menção honrosa nacional:

Angra – Secret Garden

Depois da entrada de Fabio Lione nos vocais do Angra, o primeiro disco da banda precisava provar que a banda ainda tinha folego. Embora não seja perfeito, “Secret Garden” conseguiu trazer de volta a confiança, e foi fundamental em um ano de recuperação para o grupo. Com boas composições, e algumas interessantes participações especiais, o disco conseguiu atrair de novo os fãs, que ainda viram Kiko Loureiro entrar no Megadeth em 2015.

Você provavelmente não ouviu, mas precisa conferir:

Phantasma – The Deviant Hearts


O projeto liderado pelos vocalistas de Serenity (Georg Neuhauser) e Delain (Charlotte Wessels) lançou um dos discos de metal sinfônico mais singulares dos últimos anos. Com faixas contagiantes, um estilo carismático e uma musicalidade singular, “The Deviant Hearts” é um dos principais lançamentos do gênero nesse ano.

Honeymoon Disease – The Transcendence


Esse quarteto sueco chama a atenção por parecer ter vindo em uma maquino do tempo diretamente dos anos 70. É a revelação do ano. Com uma sonoridade que une o mais puro rock ‘n roll, hard rock e alguma psicodelia, a banda lançou seu primeiro disco recentemente, e já conta coma a admiração de muita gente. Recomendadíssimo para os fãs de classic rock.

Shining – International Blackjazz Society


A banda norueguesa (não confundir com a homonima sueca) tem com principal diferencial unir metal e jazz. O sétimo disco da banda saiu em outubro e mantem a proposta que a banda vem apresentando desde que evoluiu do jazz fusion para unir elementos de stoner metal, rock progressivo, metal extremo e industrial em sua sonoridade única, caótica e avant-garde.

Os principais momentos do ano

- Kiko Loureiro entra no Megadeth
- Sexta edição do Rock In Rio
- Morte de Scott Weiland
- Dr. Sin anuncia o fim da banda
- Ataque terrorista em show do Eagles of Death Metal em Paris
- Planet Hemp de volta à ativa
- Sétima edição do Monsters of Rock Festival
- Ed Motta compra briga com seus próprios fãs
- Aquiles Priester sai do Primal Fear
- O adeus à Phil 'Animal' Taylor, Chris Squire, B.B. King e A.J. Pero