quinta-feira, 31 de março de 2016

Ron Keel – Metal Cowboy (2014):



Por Davi Pascale

Álbum solo de Ron Keel empolga ao mesclar hard rock com country. Contando com ótimo trabalho vocal e repleto de excelentes riffs, disco tem de tudo para agradar aos fãs do cantor.

Ron Keel tem uma lista extensa de contribuições. Seus projetos mais famosos são o cultuado Steeler (que teve em sua formação músicos renomados como Yngwie Malmsteen e Axel Rudi Pell), Iron Horse e a banda que levava seu nome, Keel, a mais famosa delas. O rapaz nunca foi um gigante do rock. Nunca atingiu um status de um Guns n´ Roses ou de um Van Halen, mas certamente quem curte esse tipo de som, já ouviu falar dele uma vez na vida. Conseguiu emplacar algumas músicas nas rádios como “Rock n Roll Animal” e “The Right to Rock”, isso lá pelos anos 80, nos Estados Unidos. No Brasil, nunca foi muuuuito forte.

O rapaz é mais um dos ídolos do rock que tem uma aproximação com o country. Nessa cena oitentista, essa admiração é mais comum do que se imagina. Músicos como Jon Bon Jovi (Bon Jovi) e Bret Michaels (Poison) nunca esconderam serem fãs do gênero e até arriscaram gravar algumas coisas nesse universo. Dentro do heavy metal, temos o Rebel Meets Rebel, que nada mais era do que o Pantera sem o Phil Anselmo, junto com o cantor country David Allan Coe. A ideia era justamente mesclar heavy metal com o country, que é o que o título do CD propões.

Aqui, para ser mais exato, Ron mescla o hard rock com a country music. Seria meio que um amadurecimento do trabalho que realizava com o Iron Horse. Lá, a idéia já era essa, mas achei a equação aqui melhor resolvida. Por ser um trabalho solo, não temos uma banda fixa. Vários músicos participaram da gravação. Entre eles; Frank Hannon (Tesla), Mike Vanderhule (Y&T) e Gene Arco (Keel).

Musico aposta em feliz mistura entre hard rock e country music

Temos aqui, guitarras distorcidas repletas de slide, bateria direta e sólida, a voz forte com sotaque meio caipira de Ron. Sim, o cara continua mandando bem. “Long Gone Bad”, responsável por abrir o disco, conta com um criativo trabalho de guitarra e ótima linha vocal. Certamente, uma das melhores do disco. Outro grande destaque é “What Would Skynyrd Do?”, com clara referência ao lendário Lynyrd Skynyrd. Não apenas no título, mas também na construção do refrão, nos backing vocals e no riff de guitarra. Outros grandes destaques ficam por conta da roqueira “The Last Ride” e da regravação de “Evil, Wicked, Mean & Nasty”. O clássico do Keel ganhou um arranjo mais cadenciado, com um vocal menos gritado e a inclusão de uma gaita. Ficou espetacular!

O rapaz nos entrega ainda duas (boas) baladas: “The Cowboy Road” e “Just Like Tennessee”. Essa última, com os violões falando alto, teria se tornado um hit se tivesse sido gravado na década de 80. Corria altos riscos de entrar na trilha de algum filme ou até mesmo de algum comercial de cigarro da época. Sem exagero! As músicas que contam com participações especiais são as que falam mais diretamente com o universo country, colocando-o à frente do rock n roll, inclusive. A mais bacana é “Singers, Hookers & Thieves” que conta com o (ótimo) vocalista Paul Shortino (Rough Cutt, Quiet Riot). O dueto ficou fantástico e a música é deliciosa.

Metal Cowboy mistura na dose certa os dois gêneros. A qualidade de gravação poderia ser um pouquinho melhor, é verdade, mas a qualidade das composições compensa. Sem contar que os músicos que estão por trás do projeto são ótimos. Se você curte southern rock ou é fã do cantor, vá sem medo!

Nota: 9,0 / 10,0
Status: Empolgante

Faixas:
      01)   Long Gone Bad
      02)   Wild Forever
      03)   My Bad
      04)   What Would Skynyrd Do?
      05)   Just Like Tennessee
      06)   The Last Ride
      07)   When Love Goes Down
      08)   Singers, Hookers & Thieves (c/ Paul Shortino)
      09)   Evil Wicked Mean & Nasty
      10)   The Cowboy Road
      11)   3 Chord Drinkin´ Song
      12)   My Bad (Radio Version)
      13)   Just Like Tennessee (Unplugged)

      14)   Singers, Hookers & Thieves (Solo Acoustic Version)

quarta-feira, 30 de março de 2016

Leo Mancini – Acoustic Hits (2010):



Por Davi Pascale

Em Acoustic Hits, Leo Mancini segue a fórmula Emmerson Nogueira e traz versões desplugadas para clássicos do pop/rock. Disco muito bem feito e agradável de ouvir.

Talvez para muitos de nossos seguidores, isso seja um espanto. Para mim, era bem esperado. Meu primeiro contato com o trabalho de Leo Mancini não se deu nem no Shaman, nem no Noturnall. Foi antes disso, vendo-o tocar em bandas covers. Uma que me lembro muito bem era um projeto acústico lá no aquário do Guarujá: uma banda chamada Bubbles... Não era um show solo, mas a jogada era mesma. Reviver hits do pop/rock em formato acústico.

O repertório passa por muitas músicas que são manjadas entre os músicos que se aventuram nesse território. “Unwell” (Matchbox Twenty), “Over My Shoulder” (Mike & The Mechanics), “Wonderwall” (Oasis), “Mr. Jones” (Counting Crows). Difícil montar um projeto desses sem passar por esses sons. Primeiro porque são canções de grande apelo popular, segundo porque são músicas que parece que nasceram para isso. São composições que funcionam muito bem com arranjos mais simples. Até mesmo se fosse num esquema de voz/violão. O que não é o caso aqui.

Edu Cominato, seu parceiro da época de Tempestt, ficou responsável pela gravação do cajon (instrumento percussivo). Neymar Dias ficou responsável pelo contrabaixo e violino. Leo Mancini fez todo o resto. Inclusive, escreveu os arranjos. Nos backings, várias participações, entre elas sua ex-parceira do Bubbles, Giorgia Mello.

Álbum foca em sucessos dos anos 80 e 90

Além das músicas já esperadas, o disco traz alguns riscos. Uma inusitada versão de “Friday I´m In Love” (The Cure) com cavaquinho, uma versão para os clássicos “Strangelove” (Depeche Mode) e “Notorious” (Duran Duran), onde o destaque deixou de ser teclados/sintetizadores, que nem sequer aparecem aqui, para ganhar nova vida no violão. As três ficaram excelentes. Um tiro no pé foi a versão de “Epic” (Faith No More). Essa é uma faixa que definitivamente não funciona nesse formato e achei que não casou bem com sua voz.

Sim, o rapaz canta bem. Tem um timbre muito agradável e é muito afinado. Fez bonito em “Kiss From a Rose” (Seal), que não é uma faixa fácil de se gravar. “Everybody Wants To Rule The World” (Tears For Fears) e “Hysteria” (Def Leppard) são outras 2 que achei que se saiu muito bem nos vocais. Os violões obviamente são muito bem tocados, mas onde mais me chamou atenção nesse quesito foi no arranjo do Depeche Mode. Não é uma música que imaginava nesse formato e o trabalho ficou muito bacana.

Acoustic Hits é um disco recomendado para ouvir com a família ou até mesmo no carro. Trabalho divertido, alto astral e muito bem feito. Agora... Se você é fã do guitarrista por conta do trabalho dele nas bandas de metal, vá com calma. O disco é exatamente o oposto. Procure ouvir alguma coisa antes, para ver se cai no teu gosto. Caso contrário, pode ir sem medo!

Nota: 7,5 / 10,0
Status: Divertido

Faixas:
      01)   Kiss From a Rose
      02)   Breakfast At Tifanny´s
      03)   Unwell
      04)   Over My Shoulder
      05)   Everybody Wants To Rule The World
      06)   Epic
      07)   Follow You Down
      08)   Operation Spirit
      09)   Strangelove
      10)   Friday I´m In Love
      11)   Mr. Jones
      12)   Notorious
      13)   Wonderwall
      14)   Hysteria

terça-feira, 29 de março de 2016

Megadeth – Dystopia (2016):



Por Davi Pascale

Dave Mustaine ataca novamente! Com nova formação, o Megadeth chega à seu décimo-quinto álbum e entrega trabalho honesto e bem resolvido.

Que o Megadeth é um dos pilares do thrash metal ninguém tem dúvidas. Só o que eles fizeram em álbuns como Peace Sells... But Who´s Buying  e Rust In Peace já é mais do que suficiente para colocá-los como um dos principais nomes do gênero. Muitos fãs gostam de ficar comparando-os ao Metallica, já que seu líder fez parte da primeira formação dos caras, mas a verdade é que hoje são 2 bandas distintas. Metallica gosta de ousar mais, de experimentar mais, não ficam mais presos ao rótulo de thrash. Megadeth por outro lado, teve suas experimentações aqui e ali, mas está cada vez mais voltado ao gênero e Dystopia é uma prova disso.

Para o bem ou para o mal, o que temos aqui é um álbum de thrash metal. Sendo assim, tem de tudo para agradar os admiradores do grupo. Claro que não dá para compará-lo à um So Far So Good So What, nem à um Youthanasia, mas o trabalho apresentado aqui é bem acima da média. Os riffs são fortes, o trabalho de bateria é matador e Kiko Loureiro está arrebentando no disco. Diria que é o melhor disco deles desde The System Has Failed.

Há algumas novidades, como uma orquestração na arrastada “Poisonous Shadows” ou a instrumental “Conquer Or Die”, onde temos Kiko demonstrando sua influência de violão clássico no início da música. Muitas qualidades, contudo, foram mantidas. O lado político de Dave Mustaine volta a aparecer em “Post American World”, “The Emperor” e “Dystopia”. A velha influência punk também volta a dar as caras. Essa não é a primeira vez que gravam algo do gênero. Já haviam registrado uma versão explosiva de “Anarchy In The Uk” em seu trabalho de 1987 e “Problems” em seu EP de 1995. Dessa vez, contudo, a escolhida não foi uma faixa dos Sex Pistols. Foi uma faixa da banda Fear. No caso, “Foreign Policy”. Ótima versão, por sinal.

Kiko Loureiro se destaca em novo disco da banda

Dystopia é um álbum típico do Megadeth. Pesado, arrastado, com várias faixas cadenciadas, com vários arranjos em mid-tempo. Dave continua cantando no seu estilo habitual. Pouca coisa mais mole, é verdade, mas nada que frustre ou espante. Faixas como “Death Fom Within”, “The Threat Is Real”, “Bullet To The Brain” e “Melt The Ice Away” já nascem clássicas e devem enlouquecer os fãs nos shows. 

Existe um boato de que Dave Mustaine havia ficado de olho no Pepeu Gomes e chegou à fazer um convite para o rapaz integrar a banda. Isso lá pelo final dos anos 80, início dos anos 90. Muitos questionavam a veracidade do fato. A realidade é que um brasileiro finalmente assumiu o posto de guitarrista do Megadeth. Não foi o rapaz dos Novos Baianos que ficou com a vaga, foi o do Angra.

Embora tenha criado seu nome na cena do heavy metal, Kiko Loureiro também vinha de uma escola diferente. Não era um nome que se imaginava quando se falava de thrash metal. Bom, essa história deve mudar daqui em diante. Kiko brilha nos solos de “The Emperor”, “Poisonous Shadows” e “Fatal Illusion”. Nunca imaginaria que iria dizer isso, mas o cara deu uma revigorada na banda. Pelo visto, a nova formação do Megadeth deu mais do que certo. Agora é ficar na torcida para que esse lineup dure e que venham mais discos como esse em um futuro próximo.

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Honesto e inspirado

Faixas:
      01)  The Threat Is Real
      02)   Dystopia
      03)   Fatal Illusion
      04)   Death From Within
      05)   Bullet To The Brain
      06)   Post American World
      07)   Poisonous Shadows
      08)   Conquer Or Die
      09)   Lying In The State
      10)   The Emperor
      11)   Foreign Policy 
      12)   Melt The Ice Away

segunda-feira, 28 de março de 2016

Rolling Stones – Past Masters (2016):



Por Davi Pascale

Nunca se viu tantos produtos relacionados aos Rolling Stones, nas lojas brasileiras, quanto agora. Não é segredo para ninguém que as gravadoras aproveitam as passagens dos músicos pelo país para ganhar um cascalho. Seja retirando produto do estoque e retornando às prateleiras. Seja lançando material naquele período. E as gravadoras pequenas fazem o mesmo.

Past Masters foi lançado por uma gravadora que atende pelo nome de Musik Brothers. Não preciso nem perder meu tempo em dizer que essa não é a gravadora que lança os álbuns dos Stones, certo? Entretanto, há muitos lançamentos bem interessantes dentro desse circuito alternativo. Esse é um deles e é bem fácil de ser encontrado. Está em todas as lojas. Até mesmo nas Saraivas da vida.

Afinal, o que temos de tão especial aqui? Não se trata das músicas que saíram nos compactos do grupo britânico, assim como ocorre na coletânea dupla de mesmo nome dos 4 rapazes de Liverpool. As músicas que haviam sido lançadas nesses disquinhos e não haviam entrado em seus LP´s já foram lançadas em coletâneas ao longo dos anos. A que mais gosto é o box triplo The London Years. O que temos aqui é material inédito do Rolling Stones, focado na primeira fase do grupo. Ou seja, na fase Brian Jones.

As primeiras 11 faixas do disco são músicas que haviam sido gravadas pelos Stones, mas nunca haviam sido lançadas oficialmente. Algumas haviam sido escritas para outros artistas. Caso de “It Should Be You” (segundo Mick Jagger, a primeira música que escreveu ao lado de Keith Richards) “Some Things Just Stuck In Your Mind” e “My Only Girl” (gravadas por George Bean, Dick & Dee Dee e Gene Pitney, respectivamente). Aqui, registradas na voz de seus criadores. “We Were Falling In Love” e “Leave Me Alone” também eram pedidos de seu empresário Andrew Oldham para que pudesse vendê-las para outros músicos. Mas, por algum motivo, não foram gravadas e ficaram perdidas por aí.

Disco traz raridades da fase Brian Jones

Há ainda músicas que os Stones haviam escrito para seus próprios discos, mas na ultima hora resolveram deixar de fora. Caso de “Goodbye Girl”, uma das poucas escritas por Bill Wyman. Há gravações dos Stones na Chess Records homenageando seus grandes ídolos. Caso de “Key To The Highway” de Charlie Segar, “Meet Me In The Bottom” de Willie Dixon e “Go Home” de Arthur Alexander. Sem contar em “Andrew´s Blues”, uma brincadeira de estúdio que nunca deveria ter visto a luz do dia, com os garotos sacaneando seu empresário com uma letra bem irreverente. Justamente por se tratar dos anos iniciais, o som aqui é cru, visceral e altamente influenciado pelo blues.

Completam o disco várias gravações ao vivo, ocorridas entre 1964 e 1965. Performances extremamente honestas e cativantes, onde podemos ouvir a empolgação dos músicos e a histeria das fãs. Pintam por aqui, clássicos como “Carol”, “It´s All Over Now”, “Around and Around”, “Time Is On My Side”, “The Last Time” e “I Just Want To Make Love To You”.

Nos registros ao vivo, a qualidade de som varia um pouquinho, mas na maior parte do tempo é excelente. Mais limpo e mais na cara do que a gravação do histórico Got Live If You Want It. Único registro ao vivo desse período. As faixas de estúdio o som é perfeito! Para quem curte aquele Stones mais visceral, mais sujo, com dois pés no blues, o disco é essencial. Compre, antes que suma do mercado.

Nota: 8,0 / 10,0
Status: Visceral

Faixas:

CD 1:
      01)   Key To The Highway
      02)   Meet Me In The Bottom
      03)   Go Home Girl  
      04)   It Should Be You 
      05)   Andrew´s Blues
      06)   Some Things Just Stick In Your Mind
      07)   Stewed And Keeped (Brian´s Blues)
      08)   We Were Falling In Love
      09)   Leave Me Alone
      10)   Goodbye Girl
      11)   My Only Girl (That Girl Belongs To Yesterday)
      12)   Off The Hook
      13)   The Last Time
      14)   I´m Alright

CD 2:
      01)   Carol
      02)   It´s All Over Now
      03)   Everybody Needs Somebody To Love
      04)   Not Fade Away
      05)   I Just Want To Make Love To You
      06)   Around And Around
      07)   I´m Moving On
      08)   Time Is On My Side
      09)   Confessin´ The Blues
      10)   If You Need Me
      11)   Little By Little
      12)   Hi-Hell Sneakers
      13)   Mona (I Need Your Baby) 
      14)   Down The Road Apiece

domingo, 27 de março de 2016

Jive Bunny & The Mastermixers – The Album (1989):



Por Davi Pascale

Amanhã irei comentar de mais um lançamento, mas hoje decidi que queria manter o clima de festas. O primeiro disco que me veio à cabeça foi justamente esse primeiro LP do Jive Bunny. Na época, me referia à ele como o disco do coelho. Em época de páscoa, difícil outro disco vir à memória...

Atualmente, anda uma febre enorme de DJ´s. Vários deles se apresentando em festivais. Outros dividindo palco com mega-artistas. Lembro que assisti o show de um DJ quando fui ao Estádio do Morumbi assistir a rainha do pop Madonna. Também estamos vendo várias artistas atacarem de DJ em festas. Não é de agora que a profissão se destaca. Nos anos 80, com a explosão das danceterias, houve uma febre do gênero por aqui. No Brasil, um rapaz que fez muito sucesso foi o Iraí Campos que, além de remixar canções de vários artistas de rock brasileiro, também comandou uma série de muito sucesso chamado O Som Das Pistas. Outra série que fez muito sucesso, e tem muito mais a ver com o nosso blog, é a do Jive Bunny.

Estou comentando de tudo isso porque foi exatamente nesse cenário que surgiu o álbum. No meio da explosão de movimentos como house music e acid house. Um DJ inglês que atendia pelo nome de Les Hemstock teve a ideia de reviver os anos dourados. Ou seja, os anos 50 e início dos anos 60. O período que é conhecido como o início do rock n´ roll. Teve a ideia de pegar as músicas daquela época e fazer um LP que pudesse ser tocado nas pistas de dança. Para isso, contou com a ajuda do produtor Andy Pickles e do gerente John Pickes (pai de Andy e, empresário da dupla e dono da gravadora Jive Records).

Trecho do videoclipe da época
Já disse diversas vezes que não consigo compreender a lógica de um show de DJ. Talvez seja um preconceito de minha parte, mas na minha cabeça, sempre foi uma profissão de balada ou de produtor, de dar uma nova cara à um som (como fizeram com “A Little Less Conversation” de Elvis Presley, alguns anos atrás). Mas verdade seja dita, existem vários trabalhos interessantes desses caras. Esse é um deles.

Jive Bunny And The Mastermixers era para ter sido, inicialmente, um compacto. Mas o projeto acabou ganhando vida e se transformando em um LP. Não apenas em um LP qualquer, mas em um sucesso da época. Alguns desses medleys atingiram as paradas. O remix mais famoso é o “Swing In The Mood”.

Como estava dizendo, o projeto nasceu no meio do turbilhão da dance music. A ideia era parecida. Pegavam um tema central, muitas vezes instrumental, para ir costurando as colagens realizadas através de samplers. Assim como ocorria nos megamixes do universo da música dançante.

O grande barato é que as músicas não foram descaracterizadas. Não foram sequer modernizadas. Pegaram uma batida e foram colando as músicas em torno dela. E, mais legal ainda, foram utilizadas as gravações originais. Ou seja, você ouve aqui as vozes de Jerry Lee Lewis, Little Richard, Chuck Berry, Bill Halley, Paul Anka... Todas as principais vertentes da época aparecem por aqui; a surf music, a doo wop, o rockabilly, o twist.

Capa do compacto

São 8 remixes no total. 4 em cada lado. “Swing In The Mood”, “Rock n Roll Party” e “That´s What I Like” privilegiam o rock n roll dos anos 50. Revivem aqui Chubby Checker, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Bill Halley. “Lover´s Mix”, como o nome entrega, é voltado às músicas românticas. Aquelas músicas que o pessoal costumava dançar coladinhos nos bailes da escola: Paul Anka, Everly Brothers, The Tremeloes...

“Do You Wanna Dance” foge um pouquinho da temática principal e corre para os anos 70, revivendo os tempos do glitter com Suzi Quatro, Gary Glitter e T-Rex. “Hopping Mad” apostava nas canções alegres de The Crystals, Beach Boys e Herman´s Hermits. “Glenn Miller Medley” e “Swing Swisters Swing” são mais voltados para o jazz. Na maior parte do tempo, daquela sonoridade meia de big band.

The Album é um disco bem legal para ouvir em uma reunião familiar. Um trabalho bem feito, bem produzido, alegre, recheado de clássicos. Um disco que agrada as crianças e os adultos. Uma boa pedida para soltar essa noite nos alto-falantes. Fica a dica.

Faixas:
      01)   Swing In The Mood
      02)   Rock n Roll Party Mix
      03)   Lover´s Mix
      04)   Do You Wanna Rock
      05)   That´s What I Like
      06)   Glenn Miller Medley
      07)   Swing Sisters Swing 
      08)   Hopping Mad

sábado, 26 de março de 2016

Notícias do Rock


Fique por dentro dos principais acontecimentos do universo do rock n roll. Trocas de lineup? Novo álbum? Nova banda? Nova tour? Comentamos sobre tudo o que envolve a cena. Confira!

Axl Rose no AC/DC?



Todos foram pegos de surpresa quando foi anunciado que Brian Johnson seria forçado à se aposentar por perda de audição. E, agora, todos foram pegos de surpresa, mais uma vez. A banda ainda não oficializou, mas os boatos estão cada vez mais fortes. Ao que tudo indica, Axl Rose se juntará ao AC/DC para cumprir aqueles shows que haviam sido marcados e que Brian não tem condições de fazer. Como tudo que envolve o nome de Axl, a história é um mistério. Aguardaremos os próximos capítulos.


Álbum clássico do Metallica ganha edição de luxo



Dia 11 de Novembro chegará às lojas um box set com material do Kill ´Em All, álbum de estreia do Metallica. O valor de mercado está girando em torno de 150 dolares. A caixa virá acompanhado de 4 LP´s, 5 CD´s, 1 DVD e 1 livro de capa dura. Tudo com material da época do disco. O material é formado por mixagens alternativas, shows da época, entrevistas, EP´s, além do disco remasterizado, é claro.


Paulo Ricardo anuncia novo álbum e nova tour



O cantor Paulo Ricardo está prestes a lançar um novo disco. O cantor jura que o RPM segue na ativa e que em breve teremos novidades da banda. Enquanto esse dia não chega, Paulo lança novo álbum, monta uma nova banda e cai na estrada. Rock? Romantico? Dançante? Só saberemos quando estivermos com o disco em mãos. Fiquem ligados, pois escreverei sobre o álbum nessa página em breve. Aqueles que residem em São Paulo, podem ter uma previa do que está por vir em uma apresentação na casa Tom Brasil, hoje à noite.


Mike Portnoy: celebração em cruzeiro

 


Dia 20 de Abril de 2017, o baterista Mike Portnoy estará comemorando 50 anos. E o artista resolveu celebrar a data de uma maneira um tanto inusitada. Para comemorar seu aniversário, Portnoy anunciou um show em um cruzeiro. Ele promete um show formado somente com estrelas do rock, repassando musicas de toda sua trajetória. A apresentação será parte do anual Cruise To The Edge e ocorre de 7 à 11 de Fevereiro.



Motorhead + Saxon?



Os músicos Mikey Dee e Phil Campbell se unirão ao lendário Saxon para celebrarem Lemmy Kilmister. O evento V8 Thunder Car Series, ocorrido anualmente na Suecia, ganhará um novo nome esse ano: Lemmy 500. No dia 24 de Setembro após a tradicional corrida, o Saxon irá fazer um show e contará com a participação especial de Mikey e Phil. Juntos, relembrarão alguns dos grandes clássicos do Motorhead. Tomara que alguém filme isso!