quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Amoral – In Sequence (2016)

Por Rafael Menegueti

Amoral - In Sequence
O Amoral é uma banda que com certeza está acostumada a mudanças. Após mudar drasticamente do death metal para o metal progressivo com a troca de vocalistas que trouxe Ari Koivunen para a banda, os finlandeses lançaram três discos que dividiram as opiniões dos fãs que preferiam o estilo antigo e os que gostavam do novo. Foi com bastante surpresa que a banda então anunciou a volta do antigo vocalista Niko Kalliojärvi, que agora divide a função com Ari além de acumular o cargo como um terceiro guitarrista. Ficou a expectativa pelo que viria agora.

In Sequence foi lançado no final do mês passado e traz de fato algumas surpresas, mas nada tão drástico dessa vez. A banda ainda investe pesado em uma sonoridade bem progressiva, mas se abriu um pouco mais para o peso nesse disco, em relação ao anterior, Fallen Leaves & Dead Sparrows. O trabalho vocal mais uma vez foi muito bem executado, mas foi visível que a ênfase continua em Ari, já que os guturais de Niko sequer aparecem em algumas músicas.

A banda escolheu uma faixa com andamento mais lento pra abrir o disco. In Sequence ( A Prologue) tem elementos como sintetizadores soa bem diferente de outras composições do grupo. Mas quando a faixa seguinte, Rude Awakening, começa, nós já podemos perceber a cara da banda ali. Bons riffs, solos e melodias. The Betrayal inova ao trazer também percussão na parte rítmica, em uma faixa com uma atmosfera épica.

Os membros do Amoral
A menor faixa do disco, Sounds of Home, tem pouco mais de quatro minutos e é basicamente uma balada dedilhada na guitarra com um vocal suave de Ari e alguns arranjos de sax, dando uma acalmada no ritmo agitado que o disco apresenta. As faixas seguintes voltam a mostrar mais da técnica que a banda emprega em seu trabalho, em típicas composições progressivas e melódicas, em especial Helping Hands e Defuse The Past, que destaca a voz gutural de Niko. A música que encerra o disco, From The Beginning (The Note, Pt 2), é a mais longa, com dez minutos e mantem um nível bem elevado para o encerramento do disco. Confesso que a participação da vocalista do Indica, Jonsu, não empolgou muito, mas a canção como um todo é muito bem elaborada.

O forte do Amoral continua sendo sua técnica e capacidade de criar ótimos riffs. Mesmo com a adição do antigo vocalista, é fácil perceber que a direção musical principal segue sendo a adotada nos últimos anos, mas agora com uma abertura e criatividades maiores para o peso em doses certas. Mesmo com faixas longas o disco não cansa na audição, por serem apenas oito canções, muito simples e precisas. A vibe do Amoral é bem empolgante, o que garante uma ótima experiência para fãs do gênero e In Sequence é uma boa continuação à trajetória deles.


Nota: 8/10
Status: Competente

Faixas:
01. In Sequence (Prologue)
02. Rude Awakening
03. The Betrayal
04. Sounds Of Home
05. The Next One To Go
06. Helping Hands
07. Defuse The Past
08. From The Beginning (The Note Part 2)