sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Pretty Reckless – Who You Selling For (2016):



Por Davi Pascale

Grupo de Nova Iorque lança novo álbum. Disco traz uma sonoridade mais sombria e aposta em maior variedade de arranjos.

E eis que Pretty Reckless chega ao seu terceiro trabalho. Embora seja um bom disco, é até o momento o menos empolgante em sua (ainda) curta discografia. Taylor Momsen fez, mais uma vez, um ótimo trabalho vocal, mas a banda está com uma sonoridade mais para baixo. Em alguns momentos, funciona bem; em outros, nem tanto.

Algo que precisamos aplaudir é a coragem dos músicos de saírem do território comum. Who You Selling For não é uma simples continuação de Going to Hell. Os músicos estão ousando mais, buscando novas referências. Passam aqui pelo hard rock, o rock alternativo, o country, o blues.

“Hangman”,faixa que abre o disco, traz uma vocalização meio Alice In Chains. Aquele trabalho vocal arrastado e dobrado que a turma de Jerry Cantrell tanto adora. Essa é meio que uma marca do novo trabalho. Ele está mais sombrio.

Nas faixas mais pesadas, funciona bem. “Living In Storm” resgata as guitarras do grunge, nos remetendo um pouco ao debut da banda. “Prisoner” nos leva de volta ao Going to Hell ao misturar palmas e guitarras distorcidas, brincadeira que já haviam realizado na faixa “Heaven Knows”, com o diferencial que a musica do novo álbum traz uma vocalização mais bluesy.



A pegada blues também surge com força em “Back To The River”. Com a participação de Warren Haynes (Gov´t Mule), a canção aposta em uma sonoridade meia blues, meia southern. A linha vocal é um mix de Paul Rodgers com Ronnie Van Zant. Embora tenha uma ótima voz, a participação de Haynes fica restrita à guitarra solo. Que, por sinal, ele arregaça.

“Oh My God” e “Wild City” empolgam, enquanto “Mad Love” deve causar estranheza em uma primeira audição por conta de sua linha de baixo e bateria meio dançantes. Ainda assim, é uma canção agradável. O grande problema desse disco são as baladas e tem bastante delas por aqui.
    
Essa pegada meio sombria, meio arrastada nas baladas faz com que soem monótonas, sonolentas. Um bom exemplo seria “The Devil´s Back” ou ainda em “Bedroom Window” que, apesar de curta, soa sem sal. De todas as baladas do disco, a única que me cativou foi “Take Me Down. Mais para cima, mais roqueira.

Os fãs, muito provavelmente, irão ficar satisfeitos com o novo CD. Para quem nunca ouviu nada deles antes, recomendo começar com os 2 primeiros álbuns. Em suma, é um trabalho bom,mas não espetacular....

Nota: 7.0 / 10,0
Status: Bom

Faixas:
      01)   The Walls Are Closing In / Hangman
      02)   Oh My God
      03)   Take Me Down
      04)   Prisoner
      05)   Wild City
      06)   Back To The River (c/ Warren Haynes)
      07)   Who You Selling For
      08)   Bedroom Window
      09)   Living In The Storm
      10)   Already Dead
      11)   The Devil´s Back
      12)   Mad Love